Opinião também entra no cálculo

DE SÃO PAULO

A Folha se inspirou nos principais rankings universitários do mundo para definir seus indicadores e atribuir um peso a cada um deles.

As métricas internacionais mais importantes dão cerca de metade da nota recebida pelas universidades para a produção científica, avaliando por exemplo o número de artigos científicos e de citações que eles recebem.

O RUF segue a mesma lógica e dá 55 pontos, de 100, para o tema, analisado por nove subindicadores que valem de dois a dez pontos cada um.

Esses subindicadores esmiúçam os dados de trabalhos acadêmicos publicados em cerca de 12 mil periódicos científicos de todo o mundo que estão dispostos na base "Web of Science", da Thomson Reuters.

Uma das contas é o número de artigos publicados por docente."É preciso olhar o que cada professor está fazendo para ter uma ideia de como está a universidade", considera o bioquímico americano Bruce Alberts, editor da revista "Science", uma das mais importantes do mundo.

Mas só a quantidade de artigos publicados não basta. O RUF considerou também o total de menções desses artigos por outros cientistas –como fazem THE, Leiden e o ranking nacional dos EUA.

"Esse indicador diz respeito à qualidade dos trabalhos. Quanto mais citado for um artigo científico, maior o seu impacto", diz Rogério Meneghini, que coordenou o levantamento de dados sobre a produção científica no RUF.

O RUF ainda traz critérios novos, como porcentagem de professores com doutorado –conta que só faz sentido em países onde o número de docentes doutores ainda é baixo. "Nas grandes universidades dos EUA e da Europa, quase todos têm doutorado", explica Meneghini.

A Folha verifica ainda, seguindo o que faz o ranking THE, a reputação de universidades, centros universitários e faculdades entre pesquisadores (20 pontos).

Também inclui a opinião do mercado de trabalho sobre essas instituições –outros 20 pontos, mesma pontuação dada na listagem latinoamericana do QS. (SR)

Editoria de Arte/Folhapress
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