Embrapa é parceira em pesquisas de 80% das universidades do país

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS
Publicidade

Oito em cada dez universidades brasileiras fizeram pesquisas recentemente em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Dados do RUF (Ranking Universitário Folha) mostram ainda que a Embrapa produziu 5.822 artigos acadêmicos com alguma das 196 universidades brasileiras de 2011 a 2015. O volume corresponde a 81% de tudo que foi publicado pela Embrapa no período.

Bruno Santos/Folhapress
Show de Pablo Vittar em uma loja na rua Augusta, na região central de São Paulo, na tarde deste domingo (17)
Prédio da Embrapa na Unicamp, em Campinas

"De acordo com a necessidade, procuramos parceiros com grupos de pesquisa com aquele conhecimento", diz Bruno dos Santos Alves Brasil, pesquisador-chefe da Secretaria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa. "A ideia é produzir mais impacto."

O estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país. Pesquisa recente da Embrapa, em parceria com a UFSM (Universidade de Santa Maria) e com Instituto Rio Grandense do Arroz, aprimorou o Zoneamento Agrícola de Risco Climático do arroz irrigado.

O indicador orienta o agricultor sobre o período ideal para o plantio e permite estimar a produtividade.

Hoje, a Embrapa possui 42 unidades de pesquisas espalhadas pelo Brasil. "O objetivo é levar desenvolvimento científico para as cadeias produtivas locais", diz Alves Brasil.

Há unidades no Amapá e em Roraima direcionadas à aquicultura e pesca, conservação dos recursos da biodiversidade, agricultura familiar e indígena. Isso explica o porquê de as universidades estaduais das duas regiões serem campeãs, em termos percentuais, de publicações em colaboração com a Embrapa.

Mais de um terço de tudo o que essas instituições publicaram entre 2011 e 2015 foi em parceria com a empresa.

Em números absolutos, a USP é a recordista com 856 trabalhos publicados em conjunto com a instituição no período analisado pelo RUF.

Há ainda outras formas de parceria da Embrapa com universidades: convênios para formação de estudantes, laboratórios multiusuários e unidades mistas de pesquisa.

O biólogo Leonardo José da Silva foi um dos estagiários da Embrapa no seu doutorado em microbiologia agrícola na Esalq (escola de agricultura da USP) defendido no mês passado.

Ele utilizou um dos laboratórios da empresa para identificar microorganismos da Antártica com propriedade de inibir tumores de mama, pulmão, rim e próstata.

Muito comum no exterior, as unidades mistas de pesquisa são parcerias de empresas com universidades focadas em um tema específico. A primeira da Embrapa no Brasil é junto com a Unicamp e está direcionada à genômica aplicada a mudanças climáticas.

"Um grupo da Embrapa fica alocado no campus da universidade, o que permite um intercâmbio muito rico com os professores", diz Brasil.

As pesquisas em parceria com a Embrapa não entram na fórmula do RUF no novo componente que avalia os trabalhos acadêmicos das universidades feitos com o setor produtivo (responsável por 2% da nota de cada instituição).

A própria Embrapa, apesar do nome, define-se mais como instituição de pesquisa pública do que como uma empresa.

Esse novo componente do RUF olha para as pesquisas feitas com empresas como Petrobras, Novartis e IBM.

Colaborou Estêvão Gamba

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS
Publicidade