USP volta ao topo do RUF; veja o que muda na metodologia

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A USP (Universidade de São Paulo) conquista novamente o primeiro lugar do RUF (Ranking Universitário Folha), após ter perdido a liderança nacional do ensino superior para a UFRJ (Universidade do Rio de Janeiro) nas duas edições anteriores.

Nesta sétima edição da avaliação das 196 universidades brasileiras realizada pela Folha, a federal do Rio fica em segundo lugar na lista.

Na prática, a diferença entre os resultados alcançados pela estadual paulista (nota 97,52) e a federal do Rio (97,29) é de apenas 0,23 ponto.

Na terceira posição está a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), seguida pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Entre as dez melhores universidades do país há duas escolas localizadas fora do eixo Sudeste-Sul: a UnB (Universidade de Brasília), que ficou em nono lugar, e a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), em décimo.

Neste ano, a metodologia passou por aperfeiçoamentos. Uma das novidades é que o indicador de inovação, com peso de 4% na nota final, passou a contabilizar, além das patentes solicitadas pelas instituições de ensino, a quantidade de estudos acadêmicos publicados pelas universidades em parceria com o setor produtivo.

O RUF deste ano também amplia de 2 anos para 5 anos (2011-2015) o recorte temporal da coleta dos dados relativos à produção científica das escolas do país.

Entenda a metodologia do RUF

Outra mudança metodológica diz respeito ao valor dado à nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) na fórmula do RUF. Esse componente, agora, passa a valer quatro pontos -o dobro do que valia na edição anterior do ranking.

Os dados do Ranking Universitário Folha 2018 mostram que, entre as universidades brasileiras privadas, as melhores são confessionais (vinculadas a igrejas ou religiões).

As PUCs (Pontifícia Universidade Católica) do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e do Paraná ocupam as primeiras casas da classificação, seguidas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP) e pela Unisinos (RS).

Já a melhor universidade paga com fins lucrativos é a Uninove: ela alcança décima posição na lista das instituições particulares e aparece em 63º lugar na classificação geral das universidades do país.

O RUF traz ainda a avaliação das 40 carreiras de maior demanda no Brasil. Em direito, recordista nacional de ingressantes no ensino superior, a USP se destaca no grupo das escolas públicas, enquanto a FGV-SP (Fundação Getulio Vargas) é a líder no grupo das escolas privadas.

Dos 40 cursos avaliados, os melhores são de universidades públicas. Porém, em 23 deles, há ao menos uma instituição privada classificada entre as dez melhores. É o caso de moda (Anhembi Morumbi, primeira posição no país) e de comunicação (Cásper Líbero, quinto lugar).

A nota total recebida pelas universidades é calculada a partir de cinco indicadores que somam cem pontos: qualidade do ensino, percepção do mercado de trabalho, inovação, pesquisa acadêmica e internacionalização.

Como aperfeiçoamento metodológico desta edição, o valor dado à nota do Enade na fórmula do RUF foi dobrado, e como a USP não participa institucionalmente desse exame, foi preciso atribuir à universidade paulista uma nota média relativa ao teste, com base no desempenho de instituições semelhantes a ela em termos de tamanho e de natureza administrativa.

Esse é um recurso estatístico utilizado por rankings universitários consolidados, como o britânico THE (Times Higher Education), para casos de ausência de dados das instituições.

As alterações na metodologia do RUF estão alinhadas com a literatura nacional e internacional sobre avaliação de ensino superior, com os principais rankings internacionais de universidades e com especialistas na área.

Neste ano, o RUF passa a contar com um Conselho Consultivo, composto por oito experts em ensino, cuja missão é se debruçar criticamente sobre a metodologia com o objetivo de aprimorá-la a cada edição.

Como prega a literatura sobre indicadores sociais, aspectos importantes do ensino superior ainda não são mensuráveis por falta de dados. É o caso dos índices de empregabilidade por universidade e das taxas de evasão de estudantes durante a graduação.

A expectativa é que o RUF contribua para a melhoria da oferta e da qualidade de dados de ensino superior no país.

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